sábado, junho 17, 2006

soturno

eu gosto dessa escuridão fraterna,
esse véu é o invólucro dos meus sonhos.
ela é o fim do dia,
o desfecho de uma contagem
que se inicia todas as manhãs.
a melodia que a acompanha
marca um ritmo lento ao longo do dia.


me recordo ainda de diferentes momentos,
onde sob pouca luz,
me desvainecia em pensamentos.
contudo temo, que esta sensação soturna,
me tome o lugar da alegria
e passe a viver no negro da melancolia .

2 comentários:

Anônimo disse...

o bom do soturno é o silêncio, a melancolia quase satisfatória. mas como você diz, isto, estes sentimentos estão no limiar, de onde pode nascer a tristeza, ou onde pode fecundar a tristeza e a gente mal perceber. faço, então, apelo ao noturno, que é quase soturno, mas se encontra no passo anterior, um pouco mais longe do limite, da linha divisora em questão e da fecundidade do espaço limiar... antes ainda, no ante passo, estão as horas do dia, o dia que flecha cedo a cara, raio de sol... mas este, infelizmente, não quero pois pouco rima com café e o quentinho do inverno.
eis as questões...

Anônimo disse...

sempre entro aqui, e bem, na verdade é curiosidade, e as vezes vontade de fazer comentários maldosos