sábado, junho 17, 2006

soturno

eu gosto dessa escuridão fraterna,
esse véu é o invólucro dos meus sonhos.
ela é o fim do dia,
o desfecho de uma contagem
que se inicia todas as manhãs.
a melodia que a acompanha
marca um ritmo lento ao longo do dia.


me recordo ainda de diferentes momentos,
onde sob pouca luz,
me desvainecia em pensamentos.
contudo temo, que esta sensação soturna,
me tome o lugar da alegria
e passe a viver no negro da melancolia .

quarta-feira, junho 14, 2006

duas palavras e um sentimento

Não era qualquer coisa que se podia ler rapidamente, duas ou três palavras marcavam o início e o fim do texto.
A final, não era preciso entender mais do que isso, não podia haver confusões, duas palavras, e um texto enorme entre elas.
correndo meus olhos rapidamente entre o início e o fim, via as palavras desabarem pelo abísmo da página em branco, e na sua fixidez de quem escrevia, era tudo o que queria dizer naquele momento. O interlúdio, esse texto "entre", ao contrário de confudir, demarcava. O amor, sem compostura alguma, abandonava solitário mais um coração.

segunda-feira, junho 12, 2006

ando por aí
deixando minhas pistas,
minhas pegadas, meus rastros.
se topo o vento,
e caminho pela areia,
pelo ar,
as memórias de meus passos
dançam e desaparecem
como o amor de uma noite.

sexta-feira, junho 09, 2006

Leve brisa

[poema escrito a muito tempo atrás, feito de memórias perdidas em pequenos pedaços de papéis e objetos numa gaveta funda de meu armário.]



Chega mais próxima suave leve brisa.
Quem vem com este vento que sopra agradável?
No que vejo e no que sinto há
Um tão afável sentimento.
Teu caminho é inefável.

A curtos passos me leva.
Me leva em uma sutil leveza,
Esbarra nas beiras,
Mete por entre os sentidos.
Conduz-me, mas entre campos,
caminhos e estradas.

Nessa sensação de caminhar incerto
Agarro poucas palavras.
Ponho sentidos sem saber.
No limite de cada campo ou estrada,
Encontro expressões que me fazem entender.
É ela que vem!!!
Leve, a brisa trás folhas, me leva.

Forma sob as lembranças saudades,
Sambaqui de papéis picados,
De memórias e de palavras.

terça-feira, junho 06, 2006


há quem acredite que a democracia seja o bem mais sagrado da modernidade e que os assim chamados "ocidentais" devam promulga-lá pelos quatro cantos do mundo, levando o espírito das luzes aos que vivem na escuridão, entregando o dom da civilização àqueles que ainda se encontram nos tempos mais remotos da história.

“Os Estados Unidos comprometeram-se a eliminar a tortura no mundo inteiro e travamos esta luta a título de exemplo. Convoco todos os governos a se unirem aos Estados Unidos e à comunidade dos Estados de direito no sentido de proibir, investigar e denunciar quaisquer atos de tortura e impedir outras punições cruéis e desumanas.” (George W. Bush, The Washington Post, 27 de junho de 2003)

http://diplo.uol.com.br/2006-06,a1326

A democracia é pra todos?