sexta-feira, março 31, 2006

Ela passava ligeira se esgueirando entre os arbustos da calçada,
Eu do alto de minha janela a observava com um pequeno ser.
Em sua pequenez tão linda eu a admirava,
É assim o amor.
Lá tão longe e distante, mas que nos apanha e nos arrasta.

Agora lá em baixo,
Deito-me em seu caminho e a espero todos os dias
Leve e esguio seu corpo contorna o meu.
Leva-me assim contigo,
Deixa eu perceber como é bom poder caminhar assim.

quinta-feira, março 30, 2006

o silêncio fala profunda e intensamente sobre nós.
esse enunciado traz seu rosto à minha janela.
Às vezes, quando estou só e não há outra voz,
é um poema no papel
que veloz atravessa minha janela
ou escorre de minhas mãos.
às vezes palavras soltas
que se repetem da minha boca no papel.

Se janelas abertas deixam ver,
fechadas, não omitem a surdina que as atravessa.
Em silêncio, em ligeiros papéis, na surdina ou em um ohar.
Pequenos pedaços de nós atravessam essa moldura,
escorrem imagens como palavras
e compõem para nossos olhos quadros ângulos.

domingo, março 26, 2006

não há algo de novo para se esperar de mim.

quinta-feira, março 23, 2006

amor em pedaçinhos
fragmentos saltitantes
como um burburinho
bolhinas que salpicam o corpo
amor em pedaçinhos
uma hora são seus olhos,
logo seus lábios,
seu cabelo
e as pintinhas do seu corpo.

sexta-feira, março 17, 2006

agora é um sonho ou pesadelo
não sei bem, mas me visita todas as vezes que fecho os olhos.

quinta-feira, março 16, 2006

Depois do fim

assim vai ser no dia em que tudo isso acabar.

um pedaço de tecido azul de seu vestido,

e uma porção de depoimentos em pequenos pedaços

de nós mesmos.