o silêncio fala profunda e intensamente sobre nós.
esse enunciado traz seu rosto à minha janela.
Às vezes, quando estou só e não há outra voz,
é um poema no papel
que veloz atravessa minha janela
ou escorre de minhas mãos.
às vezes palavras soltas
que se repetem da minha boca no papel.
Se janelas abertas deixam ver,
fechadas, não omitem a surdina que as atravessa.
Em silêncio, em ligeiros papéis, na surdina ou em um ohar.
Pequenos pedaços de nós atravessam essa moldura,
escorrem imagens como palavras
e compõem para nossos olhos quadros ângulos.
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