quarta-feira, abril 26, 2006

vigília vaga de minhas angústias.
lembranças inúteis,
memórias que devem ser esquecidas.
perfume tolo que ronda
como uma fumaça impregnante
minhas narinas.

quem cuida de minha alma,
e quem exorciza dela essas sombras.
o que convence meus olhos
que esses pequenos pedaços,
antigos pedaços de nós,
devem ser dados ao Hades?

das sombras às sombras,
e dobrado de minha torre
vejo partir.
permaneço nessa vigília imóvel,
vigília de outrem,
quando dessa altura que estou,
não me deixo ser assistido.

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